Pensando nas eleições presidenciais de 2010, o professor Luiz Werneck Vianna defende que, em função da semelhança entre os principais candidatos até então, José Serra e Dilma Rousseff, “não se discutirá política nem quais rumos seriam melhores para o país, mas sim administração”. Para ele, a sucessão de Lula, “a continuar nesta toada, neste andamento, será muito pouco emocionante e dramática, alcançando mais a continuidade do existente do que a descoberta de novos caminhos”. E completa: “O horizonte de 2010 mostra que a disputa política, de projetos alternativos, para o país não terá uma presença muito forte”.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
''Hoje, no Brasil, só uma pessoa faz política: Lula''. Entrevista especial com Luiz Werneck Vianna
Pensando nas eleições presidenciais de 2010, o professor Luiz Werneck Vianna defende que, em função da semelhança entre os principais candidatos até então, José Serra e Dilma Rousseff, “não se discutirá política nem quais rumos seriam melhores para o país, mas sim administração”. Para ele, a sucessão de Lula, “a continuar nesta toada, neste andamento, será muito pouco emocionante e dramática, alcançando mais a continuidade do existente do que a descoberta de novos caminhos”. E completa: “O horizonte de 2010 mostra que a disputa política, de projetos alternativos, para o país não terá uma presença muito forte”.
domingo, 24 de maio de 2009
DE NOVO: OGM"S... OS TRANSGÊNICOS EM DEBATE...
Vaticano e Transgênicos: bons porque podem matar a fome do mundo
''Comparo o projeto da transposição a um computador cheio de vírus''. Entrevista com D. Cappio
No dia 9 de maio, dom Luiz Flávio Cappio recebeu o Prêmio Kant de Cidadão do Mundo, da Fundação Kant, na cidade de Freiburg, Alemanha. O prêmio, concedido a cada dois anos a pessoas que se destacaram na defesa dos direitos humanos, é o segundo reconhecimento internacional da luta do bispo contra o projeto de transposição do Rio São Francisco.
A reportagem e a entrevista é de Marcelo Netto Rodrigues e publicada pelo jornal Brasil de Fato, 20-05-2009.
Ano passado, Cappio – que realizou jejuns contra o projeto em 2005 e 2007 – já havia sido agraciado com o prêmio da Paz 2008, concedido pela Pax Christi Internacional.
Junto a Rubem Siqueira, agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), na Bahia, e coordenador da Articulação São Francisco Vivo, Cappio aproveita a viagem para participar de debates em outras cidades alemãs – Frankfurt, Berlim, Bonn, Bremen – e na cidade austríaca de Graz.
Em Berlim, foi o convidado principal de um seminário organizado pela organização católica Misereor, sob o tema energia, poder e fomeh. Quando aproveitou a presença de parlamentares alemães no evento para pedir que enviassem emails ao Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro pressionando-o a julgar as questões jurídicas pendentes que existem contra o projeto.
A nova sociedade. Entrevista com Gilles Lipovetsky
"A despolitização da sociedade, a força da mídia e um individualismo sempre mais acentuado favorecem a transformação da vida política em matéria de revista". Essa é a opinião do filósofo francês Gilles Lipovetsky, que, comentando os casos de Sarkozy e Berlusconi, lembra que essa evolução está em curso há muito tempo.
A reportagem é de Fabio Gambaro, publicada no jornal La Repubblica, 19-05-2009.
domingo, 17 de maio de 2009
''O Brasil é um grande crematório de cérebros e florestas'', diz Cristovam Buarque
Idealizador da Vigília pela Amazônia, realizada no Senado na última quarta-feira, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF) concedeu uma entrevista exclusiva ao Amazonia.org.br, em que fala sobre a necessidade da implantação no Brasil de uma educação que conscientize as pessoas sobre a importância de se manter a floresta em pé.
Também ex-ministro da Educação, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Buarque falou sobre o problema do analfabetismo no país, de suas propostas para a valorização da cultura indígena e a melhoria do sistema educacional, com respeito à diversidade e inclusão de noções sobre meio ambiente.
A entrevista é de Fabíola Munhoz e publicada por Amazonia.org.br, 15-05-2009.
Eis a entrevista.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Gripe suína: ''A população sente-se enganada e cresce a fúria social''. Entrevista especial com Jenaro Villamil
A população mexicana sente-se enganada pelo governo e cresce a fúria social. A afirmação é do jornalista mexicano Jenaro Villamil. Acrescido à falta de transparência sobre a crise suína, o governo mexicano omitiu e procurou relativizar os efeitos da crise econômica sobre o país. O sentimento é de desorientação e desconfiança por parte da população, afirma o jornalista em entrevista especial concedida, por e-mail, à IHU On-Line. A entrevista foi feita por Cesar Sanson, pesquisador do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores - CEPAT, parceiro estratégico do IHU.
Jenaro Villamil, jornalista, colaborador do jornal La Jornada, repórter da revista Proceso e professor de jornalismo político na Escola de Jornalismo Carlos Septién. O jornalista é autor, entre outros, dos livros A Televisão que nos governa e a Guerra suja de 2006.
O vírus da gripe suína não é ''um ato anônimo da natureza''. Entrevista com Mike Davis
Sabe, percebemos que tem certas coisas, que nos remete a E ERA DA IGNORÂNCIA, pois não sabemos nada, ouvimos tudo, lemos tudo, e nada sabemos... então vem, a nós a entevista abaixo: Para o professor de história na Universidade da Califórnia Mike Davis, autor de "O Monstro Bate à Nossa Porta - A Ameaça Global da Gripe Aviária" (ed. Record, trad. Ryta Vinagre, 256 págs., R$ 39), o vírus causador da gripe suína não é "um ato anônimo da natureza". De Tijuana, no México, Davis argumenta que o risco de pandemia aumenta com a deterioração dos serviços de saúde pública, o agrocapitalismo e os mecanismos de controle da indústria farmacêutica mundial. A entrevista é de Euclides Santos Mendes e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 03-05-2009.
"À maioria da humanidade falta o acesso aos fármacos antigripais", complementa. No que se refere ao combate à gripe suína no México, Davis critica os países ricos, que, segundo ele, "têm fracassado totalmente em transferir biotecnologia avançada às linhas de frente da doença". Para driblar os riscos causados pelo avanço de epidemias, ele defende, na entrevista abaixo, que o acesso aos remédios se torne um direito humano em escala global.
Eis a entrevista.
A gripe suína pode ser considerada uma tragédia sanitária e também ambiental? Como o epicentro do ataque [do vírus] se localiza em uma vila pobre perto de uma grande propriedade norte-americana de criação de porcos no Estado de Veracruz [no México], torna-se óbvio que isso [a gripe suína] é mais como Bhopal [cidade indiana onde, em 1984, vazamento de gases letais da fábrica de agrotóxicos Union Carbide matou milhares de pessoas] do que algum ato anônimo da natureza.
Os EUA, que são um dos países mais afetados pela gripe suína, estão preparados para situações desse tipo? Antes de mais nada, à maioria da humanidade falta o acesso aos fármacos antigripais. Muitas nações da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico] estão construindo linhas "maginot" [de defesa] bacteriológicas -
fortalezas biológicas - , mais do que construindo capacidade de resposta ao redor do mundo. A maioria das linhas de produção de antivirais e de vacinas no mundo está concentrada na Europa Ocidental. Seis anos atrás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recusou pedidos da Índia (e possivelmente do Brasil) para permitir a fabricação de genéricos do Tamiflu [medicamento usado contra a gripe suína]. O monopólio sobre patentes de drogas [farmacêuticas] -assim como o interesse lento em desenvolver antivirais, vírus e antibióticos novos- é uma enorme barreira na luta contra doenças emergentes. Os remédios de salvamento devem ser um direito humano global: a OMS precisa se comprometer com o desenvolvimento de vacinas no mundo. Simultaneamente, os países mais ricos têm fracassado totalmente em transferir biotecnologia avançada às linhas de frente da doença. A Cidade do México tem uma população de 22 milhões de pessoas e médicos famosos mundialmente. Contudo a análise do vírus dos suínos teve que ser executada em Winnipeg, no Canadá, que tem menos de 3% da população do DF [Distrito Federal, onde está localizada a capital mexicana]. Nos EUA, enquanto isso, há uma desigualdade tremenda numa situação de pandemia. As imensas reduções na capacidade de atendimento da saúde pública afetam os mais pobres, e as áreas do centro das cidades são mal equipadas para tratar qualquer tipo de demanda de cuidado intensivo. Nova York parece estar bem, mas os hospitais de Los Angeles foram inundados há dez anos por uma versão mais severa da gripe sazonal que ocorre normalmente.
O senhor concorda com as críticas do filósofo Peter Singer, que tem atacado a massificação de rebanhos para consumo por levarem os animais a desenvolver estresse e doenças? A revolução da indústria de rebanhos ocorrida nos últimos 20 anos tem sido um desastre planetário: desloca milhões de pequenos agricultores e rancheiros, enquanto acelera a evolução de novos e mais perigosos elementos causadores de doenças.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
TRANSIÇÃO PARA UMA SOCIEDADE PÓS-CARBONO !
Diário do Nordeste, 26-04-2009. " A Transição diz respeito à construção de resiliência - estabelecer os novos sistemas em seus lugares de modo a permitir que uma dada comunidade seja tão auto-sustentável quanto possível, oferecendo-lhe suporte aos tremores sociais que virão quando o combustível aumentar dramaticamente, quando a mudança climática intensificar-se, e, talvez, mais breve que imaginávamos, a sociedade industrial esfiapar-se ou colapsar-se inteiramente. Ao longo de uma geração, os movimentos ambientais ensinaram-nos a mudar nossos estilos de vida para evitarmos consequências catastróficas. A Transição nos fala dessas consequências que estão, agora, irreversivelmente acionadas; precisamos revolucionar nossas vidas se quisermos sobreviver", foi o que afirmou R. Hopkins, em entrevista no New York Times. No Brasil, os Ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente assinaram portaria para criar o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, com a participação de 300 cientistas.
Para conversar sobre essas questões que se tornaram tão nossas, especialmente nas celebrações de 22 de Abril, dia Mundial da Terra, o Diário do Nordeste, 26-04-2009, entrevistou o Prof. Dr. Blake Poland, docente na Dalla Lana Escola de Saúde Pública e Co-Diretor da Rede de Pesquisa em Justiça para Saúde Ambiental Urbana na Universidade de Toronto (Canadá).
A entrevista é de Giovanna Sampaio.
Eis a entrevista.
