sábado, 19 de março de 2016

O QUE AS RUAS FALAM ?



NESTA SEMANA, em que milhões de brasileiros e brasileiras foram as ruas expor suas opiniões sobre a realidade política nacional, é saudável expor minha opinião e meu pensamento sobre o que vejo, penso e percebo nesta situação:
1º Vejo que a sociedade brasileira, desde o resultado das eleições de 2014, ficou mais dividida, e em alguns aspectos, uma divisão que não se limita a idéias, mas também a questões sociais, étnicas e até históricas....SERÁ, que este é o destino da sociedade, divisão e conflitos ??? Acredito que nossa formação étnica não compactua com tal realidade, mas, como é muito precipitado dizer o que virá, espero que os ânimos diminuam, e as batalhas pela DEMOCRACIA e LIBERDADE  de expressão continuem....
2º Vejo muitos declarando-se contra ou a favor do governo que aí está....Já fiz muito isso, nas Diretas Já, Fora Collor... e outros movimentos que já ocorreram no Brasil recentemente redemocratizado: Algo me deixa com CALAFRIOS: Assim como no passado, o povo, ou nós estamos sendo instigados pelos meios de comunicação, a irmos para as ruas destituir o que existe lá, e tentar algo novo....Ou seja, passeata de uma  bandeira SÓ..Isso me preocupa, pois em todos os movimentos anteriores, o que o povo quis foi feito, mas as mudanças não aconteceram....Faremos a mesma coisa agora ? Seremos de novo manipulados a lutar por um 'tiro' só ?  esta é a solução ? Ou será que deveríamos tentar lutar por mudanças estruturais, não apenas 'cirúrgicas"...O tumor - CORRUPÇÃO, não se retira com a extração de um câncer apenas, mas, mudanças de situação geral...câncer se cura com várias aplicações medicamentosas... quimio, radio, e outros tipos de atitudes....E, todos os poderes, os legítimos e não legítimos - diga a MÍDIA - não legalizada como poder, estão chafurdados nesta situação.... cada um com seus interesses....
3º Vejo também que muitos defendem saídas ortodoxas, tipo a volta dos militares, salvador da pátria...não acredito que o Brasil precise de salvador da pátria... precisa de 'salvadores da pátria'... do povo trabalhando, com educação, renda - soa discurso esquerdista não é ?  mas se for pense como quiser...o que acredito é que todos somos a saída... e não apenas um, ou meia dúzia....
4º Percebo que aparentemente, kkkkk... eu me vejo assistindo a um programa de TV tipo Reality Show...Quem deve ser eliminado....quem deve ir pro paredão.... quem deve ser o mocinho...o bandido...? Me recordo então de um Livro : 1984, que em síntese diz:

Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O'Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que "só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade: só o poder pelo poder, poder puro".
Algumas das ideias centrais do livro dão muito o que pensar até hoje, como a contraditória Novafala imposta pelo Partido para renomear as coisas, as instituições e o próprio mundo, manipulando ao infinito a realidade. Afinal, quem não conhece hoje em dia "ministérios da defesa" dedicados a promover ataques bélicos a outros países, da mesma forma que, no livro de Orwell, o "Ministério do Amor" é o local onde Winston será submetido às mais bárbaras torturas nas mãos de seu suposto amigo O'Brien.
Muitos leram 1984 como uma crítica devastadora aos belicosos totalitarismos nazifascistas da Europa, de cujos terríveis crimes o mundo ainda tentava se recuperar quando o livro veio a lume. Nos Estados Unidos, foi visto como uma fantasia de horror quase cômico voltada contra o comunismo da hoje extinta União Soviética, então sob o comando de Stálin e seu Partido único e inquestionável. No entanto, superando todas as conjunturas históricas - e até mesmo a data futurista do título -, a obra magistral de George Orwell ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado, seja onde for.



Então me vejo sendo influenciado por fatos que só atingem um destino, e isso parece ser a solução para todos os problemas do Brasil....
DAI, CONCLUIR que neste emaranhado de complexidades e contradições o que devemos fazer;
LER, LER LER, INFORMAÇÕES EQUILIBRADAS....IMPARCIAIS - se é que existem - e procurar se posicionar, mesmo que seja de lado nenhum... Não se sinta Acovardado por decidir por ninguém....Assuma suas responsabilidades e
NUNCA SE ESQUEÇA....vai passar... e espero...
DESTA CRISE O BRASIL SAIA MELHOR....
É O QUE ESPERO,
ABRAÇÃO,
Prof. Mario 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

UM ANO DE GOVERNO DILMA.... E AÍ, O QUE PENSAS SOBRE O TEMA???

"A presidenta Dilma passa uma imagem de executora e que o mais importante no governo é a eficiência em si, quase algo tecnocrático. Na democracia, eficiência é, sem dúvida, muito importante e necessária (...) mas eficiência só não qualifica o governo democrático, um governo por definição instável e de incertezas, impregnado pelas contradições da sociedade, que a democracia as transforma de forças destrutivas (a tal luta de classes da sociologia e ciência política) em forças de construção e transformação pactuada. A dinâmica cidadã – a luta de classes operando segundo valores e princípios democráticos aceitos por todas e todos – constitui e qualifica o governo e as suas políticas". O comentário é de Cândido Grzybowski, diretor do Ibase, analisando o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff em texto publicado no sítio do Ibase, 05-01-2012.

Eis a análise.


Após um ano da posse de Dilma Rousseff na Presidência da República, penso que vale a pena um balanço, de uma perspectiva da cidadania. Claro que é um ponto de vista a partir do lugar que ocupo numa organização de cidadania ativa, como o Instituto Brasileiro de Análises Econômicas e Sociais. Não tenho a pretensão de ser uma voz representativa de quem quer que seja. Defendo só a legitimidade de minha análise.
Vou começar por onde Dilma tem se revelado mais do que se esperava. Como primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma é, por ela mesma, uma grande mudança de expressão da sociedade brasileira, suas diversidades, desigualdades e contradições, no poder político. Não é aquele encontro entre povo e nação encarnado por Lula, migrante nordestino, operário, identificado com a cultura popular. Mas é fundamental que se reconheça o quanto Dilma representa para o enfrentamento e a ruptura do estrutural patriarcalismo do poder no Brasil. Pelo que sei, ela não tem uma história de militância cidadã no feminismo, mas está se portando como se assim tivesse, o que torna a sua atitude extremamente relevante na perspectiva democrática de transformação do Brasil, de inclusão, justiça social, participação e sustentabilidade. Não podemos avançar como nação sem enfrentar a profunda desigualdade de gênero e o machismo. Isso não quer dizer que as outras marcantes desigualdades brasileiras sejam menos importantes. Na verdade, elas se interligam e combinam, tornando extremamente difícil a mudança. Por isso mesmo, é muito relevante ter uma presidenta comprometida com justiça social.
Relações internacionais
Uma outra estimulante e impactante surpresa do governo Dilma é a direção imprimida até aqui no delicado campo das relações internacionais. Lula teve o grande mérito de instaurar uma agenda de Brasil emergente, numa estrutura mundial muito polarizada pelos países desenvolvidos, sob o manto da hegemonia dos EUA. Ele deu atenção especial às relações Sul-Sul e às possibilidades de mudança no quadro de poder global. Só que Lula nem sempre se portou pautado por uma agenda de condicionalidades democráticas e de direitos humanos. Ele atropelou e agiu pragmaticamente. Dilma é mais coerente e tem cuidado com a legitimidade democrática da atuação brasileira, um grande país emergente, sem bomba atômica, vale a pena ressaltar.
Ela não se atua dominada por um chamado “interesse nacional” acima de quaisquer princípios éticos e valores democráticos. Aliás, o que é afinal o “interesse nacional”, que representantes das classes dominantes e conservadores gostam de jogar na nossa cara, num país tão profundamente diverso, desigual e com tantos excluídos? A mudança do governo Dilma se nota claramente na nova postura da diplomacia brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas e nos fóruns de direitos humanos. O discurso da presidenta Dilma na abertura da Assembleia-Geral da ONU é uma verdadeira tomada de posição e de definição por um Brasil democrático, bem ao gosto de ativistas de direitos humanos e de cidadania. Destaco isso sabendo que tal posição vem no bojo de muitas contradições do governo Dilma. Mas a mudança que assinalei é um forte indício de que Dilma está se fazendo a pergunta sobre que Brasil o mundo precisa, antes de decidir estratégias e políticas internacionais.
Faxina nos ministérios
O que mais? No gosto de muitos e da grande imprensa – e isto rende grande apoio à Dilma, segundo as sondagens de opinião – ela está fazendo uma faxina ética no governo, dando um basta à corrupção. É bem verdade que muitos ministros foram substituídos por causa da corrupção. Mas esse fato em si não me parece indicar uma grande mudança na Política (com P maiúsculo mesmo). O poder no Brasil – nos três Poderes, diga-se de passagem – é visceralmente tomado pela corrupção, com raízes profundas no patrimonialismo e clientelismo. Isso vem de lá de longe, com suas sete vidas. Haveria mudança se entrasse na agenda democrática brasileira uma profunda reforma da Política, que superasse o distanciamento, o fosso e as barreiras existentes na relação entre cidadania e poder. Isso nada tem a ver com o debate da reforma política instaurado no Congresso, mais uma obra do jeitinho que diz que muda para nada mudar. Como disse, o que Dilma fez até aqui neste campo não passa de gestão delicada da confederação política de interesses privados que se agarra ao poder. Tem outro sentido a substituição de uns ministros por outros do mesmo partido, como se fossem os donos de fato do poder público? A cidadania não está nesse jogo e por isso a tentativa de recriar algo parecido ao movimento de ética na política está dando com os burros n’água. Dilma prestaria relevante serviço à democracia se fosse mais ousada e determinada no enfrentamento desse estrutural desafio político, não resolvido pela Constituição de 1988 (apesar de seus enormes avanços em direitos de cidadania).
Participação cidadã
Um outro desafio estratégico para o governo Dilma é a participação cidadã. Dilma não carrega uma história de relações com amplos e contraditórios segmentos da cidadania real do Brasil, como Lula. por exemplo. Isso se reflete numa espécie de burocratização da participação cidadã nas políticas públicas no governo. É claro que a sintonia fina com a cidadania faz enorme diferença.
Com Lula, o palácio de “portas abertas” à diversidade brasileira e o estímulo à participação em mais de 50 conferências nacionais e não sei quantos conselhos mobilizou milhões de brasileiras e brasileiros, mesmo que esses espaços tenham tido pouco poder real. Geraram muitas frustrações, pois eram e são, acima de tudo, espaços consultivos para construir consensos e agendas possíveis. Porém, em termos democráticos o Brasil ganhou do governo Lula a maior escola do mundo de aprendizado da cidadania política, que começa por reconhecer a diversidade e a necessidade de construção democrática de consensos e pactos, definindo a dialética dos direitos e das responsabilidades compartidas, para que avanços sejam possíveis. Os milhões de pessoas que se engajaram e que voltaram a se engajar, do local ao nacional, em disputas de ideias, sentidos, posições e projetos, deram cara nova à democracia brasileira, reconhecida no mundo todo. O poder político não mudou por isso e ainda vai demorar a mudar, mas a democracia se fortaleceu como estratégia e processo capaz de operar mudanças sustentáveis no longo prazo, como são as revoluções democráticas.
Nesse campo fundamental da democracia, onde a contribuição do PT fez diferença  Dilma parece que não se move com facilidade e com visão estratégica. O combate à corrupção sem participação cidadã não passa de maquiagem no governo. A presidenta Dilma passa uma imagem de executora e que o mais importante no governo é a eficiência em si, quase algo tecnocrático. Na democracia, eficiência é, sem dúvida, muito importante e necessária, até mais do que em governos autoritários, onde o poder bruto, de dominação, sem contestação, pode se dar ao luxo de ser ineficiente. Mas eficiência só não qualifica o governo democrático, um governo por definição instável e de incertezas, impregnado pelas contradições da sociedade, que a democracia as transforma de forças destrutivas (a tal luta de classes da sociologia e ciência política) em forças de construção e transformação pactuada. A dinâmica cidadã – a luta de classes operando segundo valores e princípios democráticos aceitos por todas e todos – constitui e qualifica o governo e as suas políticas.
Num país como o Brasil de hoje, com um Congresso e um Judiciário dominados pelo corporativismo, a estratégia possível para as necessárias e desejadas mudanças democráticas reside na tensão gerada pela participação cidadã na Política. Claro que representantes e negociadores revestidos de mandato pelo voto, um Judiciário legítimo, independente e efetivo, e bons formuladores e gestores de políticas são indispensáveis nas democracias. Mas a cidadania ativa é parte que institui e constitui  jogo, ou melhor, a luta democrática, por mais que conservadores não gostem disso. O que aconteceu e está acontecendo no mundo árabe é o melhor exemplo do que estou falando. O modo de definir o que vai ser feito e como vai ser feito nas democracias é mais importante do que o resultado em si. Os fins não podem justificar os meios utilizados. Pelo contrário, são os meios que qualificam os fins.
É bom lembrar que cidadania é tanto o direito a ter direitos, como a responsabilidade pelos direitos, o que implica na participação cidadã como responsabilidade da própria condição de cidadania. A luta democrática impõe a seus líderes e seus representantes a  capacidade e a sabedoria para se sujeitar à cidadania, para tirar partido das tensões, das vaias e dos aplausos, das críticas, das mobilizações de apoio. Essas, junto com o fundamental ato de votar, são formas como efetivamente se dá a participação dos constituintes do poder político. Democracia é voto, mas também é ruído e confusão, é praça pública, é rua tomada por manifestação, é engajamento em defesa de causas. Sintonia fina com a cidadania é condição sine qua non para a efetividade de qualquer governo ou instituição democrática. Enfim, um governo democrático não pode estar de costas à participação.
Erradicação da miséria
Para mim, um simples ativista de longa data pela justiça social, nada mais relevante no governo Dilma do que o objetivo de em quatro anos erradicar a miséria, uma chaga a que estão condenados mais de 16 milhões de cidadãos e cidadãs no Brasil. Trata-se de uma tarefa ética incontornável e inadiável,  porque possível, dada a pujança de nossa economia. Salta aos olhos, porém, e explica uma não empolgação com o “Brasil Sem Miséria” a falta de participação cidadã no desenho dos objetivos e na execução do programa. Também me incomodou a ausência da presidenta Dilma na recente Conferência Nacional de Segurança Alimentar, apesar da participação do ministro Gilberto Carvalho ter mitigado o problema. O fato é que a ausência da presidenta em tão importante conferência para indicar o rumo que o Brasil precisa trilhar é muito simbólica. Estou também profundamente intrigado e incomodado com a decisão governamental de excluir a ASA, Articulação do Semi-Árido, da implantação do programa de cisternas no Nordeste, talvez uma das políticas mais inovadoras até aqui em termos de efetiva participação no seu desenho e implementação. Lamentável! Tudo em nome da eficiência, pelo que suponho.
Agenda desenvolvilmentista
Por fim, destaco o modo como Dilma e seu governo dão continuidade a uma agenda desenvolvimentista, baseada nos grandes projetos e grandes corporações empresariais, sem ao menos discutir tal agenda com amplos segmentos da cidadania ativa. Outro lado igualmente ruim nessa agenda é a sua elaboração e defesa com renovado ímpeto. Parece-me ser um grande erro, que vai nos custar muito logo mais, definir para o Brasil um projeto de desenvolvimento puxado pela acumulação capitalista, projeto que, no mundo todo, mostra sinais evidentes de crise e esgotamento. A muita riqueza que ele gera se concentra em poucas mãos e é feita às custas da destruição ambiental, com ameaças à sustentabilidade da vida no planeta. Trata-se de produção de luxo e lixo em benefício de poucos (os movimentos de indignados, que se espalham pelo mundo, martelam no 1%,como o tamanho dos verdadeiros beneficiados).
Em tal modelo de desenvolvimento, só a reboque do seu crescimento contínuo, se vislumbra a possibilidade de fazer maior justiça social. Um tal desenvolvimento se alimenta da destruição ambiental combinada com desigualdade e injustiça estrutural, entre os habitantes atuais da Terra e de nós com as gerações futuras. A globalização das últimas três a quatro últimas décadas acelerou e exacerbou todas as contradições deste modelo. A ameaça não é mais aqui ou lá, tem dimensões planetárias. Isso não leva a mais democracia e nem preserva a condições para a vida digna e o bem viver. Para a dignidade humana, com garantia de todos os direitos para todos os seres humanos, para a sustentabilidade da vida, de nossa e de toda a biosfera, para a preservação do próprio planeta, precisamos sair da lógica desenvolvimentista atual, ao menos começar a ir em outra direção, desarmando a bomba relógio da civilização industrial consumista, social e ambientalmente predatória.
Será que o Governo Dilma não vê a possibilidade histórica que está à sua porta, com a conferência Rio+20, para assumir um papel ousado e relevante, tanto ética como politicamente, em direção a tais mudanças? Nada a esperar dos EUA, do Japão, nem mesmo da Europa em crise. Da China, do capitalismo selvagem ou dos outros emergentes o mais provável é aparecerem negociadores para fazer ativa oposição a qualquer compromisso de mudança mais de fundo. A Rio+20, de junho próximo, poderá ser uma rara oportunidade, sob legítima liderança do governo Dilma, de arrastar outros governos e de pactuar com a sociedade civil do Brasil e do mundo uma direção para outro paradigma, uma outra economia, um outro modo de gerir as sociedades e a nossa relação com a natureza. Mas, para exercer um papel assim, é necessário ao menos se dispor ao diálogo democrático, pondo na mesma de negociação a própria questão do desenvolvimento. A agenda desenvolvimentista atual do governo Dilma não combina com isso. Fica um desejo e um clamor: gostaria de ser surpreendido neste ano com a vontade e a determinação da presidenta Dilma de fazer com que nós nos orgulharmos do Brasil emergente, apontando os caminhos democráticos possíveis para uma civilização sustentável.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O QUE PENSO EM 2011???

OLHA, SELECIONEI POUCAS ENTREVISTAS E OPINIÕES SOBRE AS COISAS E FATOS EM 2011... E ESPERO, PROMETO, EM 2012, PUBLICAR MAIS ENTREVISTAS BOMBÁSTICAS... FRENÉTICAS E CHEIAS DE PIMENTA SOBRE TUDO... ESSA É UMA PROMESSA...AFINAL, 2012, ELEIÇÕES MUNICIPAIS... JOGOS OLÍMPICOS....POLÍTICA, RIO MAIS 20....
TEM MUITA GENTE ESCREVENDO COISAS POR AÍ, QUE PRECISAM SER REGISTRADAS AQUÍ...
ENTÃO TÁ, ATÉEEEEEE

TÔ DE FÉRIAS....
FUIIIIIIIIII





terça-feira, 19 de julho de 2011

NOVO CÓDIGO FLORESTAL !

Código Florestal deve integrar agricultura e preservação ambiental. Entrevista com Ricardo Rodrigues
Antes de aprovar um novo Código Florestal, é preciso reavaliar o Código vigente e atualizá-lo com o conhecimento científico adquirido nos últimos anos. Essa é a proposta defendida pela Academia Brasileira de Ciência – ABC e pela Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência – SBPC. “Sugerimos, em encontro no Senado e na Câmara, que o Código em vigor seja reescrito incorporando o conhecimento científico existente, pois não podemos pensar a questão ambiental separada da questão agrícola”, disse o biólogo e membro da ABC e SBPC à IHU On-Line por telefone.

Ricardo Rodrigues integra o grupo de pesquisadores responsáveis pelo estudo O Código Florestal e a Ciência – Contribuições para o Diálogo, organizado pela SBPC e pela ABC. Recentemente, ele e outros cientistas apresentaram sugestões de alterações ao Código Florestal aos senadores da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Segundo ele, o encontro foi positivo e a perspectiva é que o texto do Código Florestal seja alterado e aprovado até dezembro.

Na entrevista a seguir, Rodrigues diz que o novo texto do Código Florestal apresenta equívocos e não soluciona os problemas do Código atual. Entre as limitações da nova proposta, ele aponta a redução da mata ciliar de 30 para 15 metros. Segundo ele, o conhecimento científico disponível hoje já é enfático em relação à questão. “O conhecimento científico mostra que 30 metros é extensão mínima para o cumprimento do papel da mata ciliar. Com certeza a redução de 15 metros proposta no novo Código Florestal baseia-se em nada”.

Ricardo Ribeiro Rodrigues é graduado em Ciências Biológicas e doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Atualmente é docente na Universidade de São Paulo – USP e coordena o Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da instituição.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Qual é a proposta da Academia Brasileira de Ciência e da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência para o novo texto do Código Florestal?

Ricardo Rodrigues – Defendemos que o atual Código Florestal tem problemas e precisa ser atualizado em termos de conhecimento científico para depois pensarmos na criação de um novo Código Florestal.

Acreditamos que é possível construir uma política ambiental brasileira ou um novo Código Florestal sustentado no conhecimento científico disponível. Sugerimos, em encontro no Senado e na Câmara, que Código em vigor seja reescrito incorporando o conhecimento científico existente, pois não podemos pensar a questão ambiental separada da questão agrícola.

Aqueles que defendem a criação de um novo Código Florestal justificam que não existem florestas remanescentes no Brasil para o cumprimento da Reserva Legal dentro da perspectiva do Código vigente. Portanto, como não tem floresta para o cumprimento da Reserva Legal, a proposta é mudar o Código. Entretanto, em nenhuma das análises foi incorporada uma reflexão sobre as áreas que já foram inadequadamente disponibilizadas para agricultura. Com a evolução da tecnologia no campo, muitos territórios acabaram se transformando em áreas marginais e foram abandonados e agora querem revertê-los com uma nova ocupação dentro do conceito da Reserva Legal.

IHU On-Line – Quais são os principais equívocos do novo texto do Código Florestal?

Ricardo Rodrigues – Uma das propostas do novo Código é reduzir a área das matas ciliares de 30 para 15 metros. Se existe uma faixa de Área de Preservação Permanente – APP de 30 metros, mas só se recupera 15m, o que se faz com o restante? Essa aérea ficará abandonada? O conhecimento científico mostra que 30 metros é extensão mínima para o cumprimento do papel da mata ciliar. Com certeza a redução de 15 metros proposta no novo Código Florestal baseia-se em nada.

Outro equívoco é tentar compensar as degradações da Reserva Legal dentro do bioma. Quando se faz compensação do bioma, compensa-se uma formação ambiental muito diferente daquela que foi degradada, pois dentro do mesmo bioma existem vários ecossistemas. Quando se degrada uma área da Reserva Legal, é preciso recuperá-la e conservá-la. Através do conhecimento científico, mostramos que essas compensações têm um limite espacial de distância que precisa ser respeitado.

IHU On-Line – O senhor esteve reunido com os senadores da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária para falar sobre os impactos do Código Florestal. Como foi o encontro?

Ricardo Rodrigues – Foi muito positivo. Estava desanimado com a aprovação do Código Florestal na Câmara, mas fiquei animado com a recepção dos senadores em relação às nossas propostas. Conseguimos expor nossa posição; apontamos os itens do Código Florestal que precisam ser alterados e fundamentados no conhecimento existente e, principalmente, defendemos que é preciso integrar a questão ambiental com a agricultura. Não existe essa dicotomia, que foi colocada no texto do novo Código Florestal, de que a questão ambiental briga com a questão agrícola. Elas são complementares.

Para se ter uma ideia, as usinas de cana-de-açúcar são altamente impactantes em termos ambientais e não respeitam o Código Florestal atual, no que diz respeito à Reversa Legal, e as áreas de preservação. Ou seja, elas estão irregulares em termos ambientais. Mas quando se faz um diagnóstico ambiental e agrícola destas propriedades, percebe-se que a taxa de ocupação agrícola com cana-de-açúcar é em torno de 70%, enquanto a ocupação de áreas de preservação permanente fica em torno de 8%. Portanto, falta no Brasil um planejamento ambiental e agrícola da atividade de produção.

Outro grande problema ambiental do país é a pecuária: 2/3 da área agrícola é utilizada com pecuária de baixa produtividade. Nesse sentido, é preciso aumentar a produtividade da pecuária, o que permitirá a redução de área com pecuária, a qual poderá ser utilizada para a expansão da agricultura de grãos ou de cana-de-açúcar, por exemplo. Até 2030 o Brasil precisará de 15 milhões de hectares para a expansão agrícola. Ou seja, a solução da agricultura está na própria agricultura.

Alguns argumentam que o café, o arroz e o maracujá estão em áreas de restrição ambiental, mas estas são situações isoladas em relação ao todo. Para esses casos, podem-se pensar alternativas específicas, pois existem algumas soluções técnicas que permitem diminuir o impacto ambiental destas culturas. É besteira mudar um Código inteiro por causa de situações que representam 5% da atividade agrícola brasileira.

IHU On-Line – Como os agricultores reagem diante da possibilidade de preservar as APPs?

Ricardo Rodrigues – Quando se propõe aumento de tecnificação da agricultura, eles aceitam preservar as APPs. Eles não conseguem cumprir as regras do Código Florestal por causa da baixa produtividade agrícola.

IHU On-Line – Como é possível recuperar os 61 milhões de hectares de terra que estão degradadas?

Ricardo Rodrigues – É possível recuperá-las através da agricultura. Existem práticas agrícolas que permitem esta recuperação. Terras de baixa aptidão agrícola devem ter realocação de uso e podem ser destinadas à Reserva Legal.

IHU On-Line – Vocês apresentaram aos senadores novas tecnologias para o mapeamento e estudo sobre os recursos naturais brasileiros. Que tecnologias são essas?

Ricardo Rodrigues – Hoje, dispomos de um pacote tecnológico de imagens de radares e de novos programas de computador que permitem o planejamento agrícola ambiental de forma muito mais efetiva do que 40 anos atrás, quando o Código Florestal foi aprovado. Atualmente, temos imagens de alta resolução que permitem monitorar metro a metro a produção agrícola.

IHU On-Line – Qual sua expectativa em relação à aprovação ou não do novo Código a partir deste encontro com os senadores?

Ricardo Rodrigues – Segundo os senadores, a decisão final será da presidente. Até dezembro serão realizadas novas discussões, votações, e certamente o texto voltará para a Câmara com alterações. A expectativa dos senadores é que até dezembro o Código seja aprovado. Saí deste encontro com a perspectiva de que vamos conseguir fazer um planejamento agrícola e ambiental com conhecimento científico.

Historiador diz que só fim do euro salva a União Europeia

COMO  O ASSUNTO DO OMENTO  É A CRISE NA UNIÃO EUROPÉIA E NOS EUA, SEGUE ABAIXO, UMA REPORTAGEM, OPINIÃO SOBREO TEMA:
O historiador Niall Ferguson, professor da Universidade de Harvard, nos EUA, sempre foi um crítico do uso de uma moeda única na União Europeia (UE).
Em 2000, após a adoção do euro, ele já previa que o moeda não duraria dez anos devido às diferenças fiscais entre os países.
Agora, afirma, a Europa precisa agir rápido: acabar com a união monetária para salvar a União Europeia.
Ferguson deu nesta quarta-feira uma palestra em Edimburgo (Escócia) dentro da TED, conferência sobre tecnologia, entretenimento e design que termina na quinta-feira.
Autor do livro "Civilization: The West and the Rest" (Civilização, o Ocidente e o Resto), falou sobre o declínio do Ocidente, após mais de 500 anos de domínio sobre o resto do mundo.

Depois, conversou com jornalistas sobre a crise econômica na Europa e nos Estados Unidos.

A entrevista é de Vaguinaldo Marinheiro e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 14-07-2011.
Eis a entrevista.

O que a Europa deve fazer para conter a crise da dívida?
Quando a Europa adotou o euro, eu já dizia que não iria funcionar, porque você não pode ter uma união econômica sem união fiscal. Em 2000, escrevi que a moeda não duraria mais de dez anos, porque as enormes diferenças entre os países causaria o colapso do sistema. É o que vemos agora.

A política de empréstimos não está revolvendo o problema. O que fazer?
Há duas opções para a Europa hoje, ou se transformar numa federação, como os Estados Unidos, ou abandonar essa ideia de moeda única. Mas não há vontade política para a federação. Estamos muito próximos de uma crise enorme. Os mercados já se voltaram para países como Itália e Espanha. Não faz sentido manter uma política de moeda única se você questionar a participação desses países.

Não é possível excluir países e salvar a moeda?
Eu acho que é preciso acabar com a moeda única para salvar a UE. Não há outra solução. A Grécia não vai ser competitiva com a mesma política monetária da Alemanha. Portugal também não. Há seis meses, ainda era possível manter o euro e excluir da união monetária um país ou outro. Mas essa solução foi sendo adiada e hoje não é mais uma opção.

Por que a Europa está demorando para tomar uma atitude mais drástica?
Porque as pessoas em Bruxelas (sede da UE) e em Frankfurt (sede do Banco Central Europeu) continuam a negar a realidade.

E o problema do déficit nos Estados Unidos?
Essa discussão sobre calote é estúpida. Entramos num território muito perigoso quando encontramos na mesma manchete de jornal os termos EUA e calote. Mesmo com o enorme problema fiscal dos EUA, não devemos falar de calote nesse momento. É incrível que os republicanos tenham ficado tão doutrinários que não queiram nem sequer discutir o fim de buracos no sistema tributário e nas despesas do país para reduzir o déficit. Para quem não tem um cérebro histérico, essa ideia de calote nos Estados Unidos é chocante.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A força do WikiLeaks. Entrevista especial com Alberto Efendy Maldonado

Julian Assange sequer jornalista é, mas as revelações que tem trazido à tona através do WikiLeaks têm “balançado” o jornalismo de todo o mundo. Afinal, o WikiLeaks suscitou, no mínimo, uma revolução no campo diplomático através da internet. Teria, portanto, iniciado a primeira ciberguerra? Para o professor de comunicação social Alberto Efendy Maldonado, “a cultura colaborativa tem mostrado, nos últimos 16 anos, sua incomensurável força. Hoje ela é um aspecto central dos novos poderes comunicativos e sociais”. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por e-mail, Efendy analisa o fenômeno WikiLeaks e as consequências da revelação dos documentos “secretos” do governo estadunidense. “No mundo digital, as condições de construção de hegemonias, constituição de poderes e vitalidade política são distintas, significativamente favorecem a democratização das comunicações”, explicou.

Alberto Efendy Maldonado é graduado em Comunicação Social pela Universidad Central Del Ecuador. É mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e pós-doutor pela Universitat Autònoma de Barcelona. Atualmente, é professor do PPG em Comunicação da Unisinos. Organizou o livro Internet na América Latina (Porto Alegre: Sulina/Unisnos, 2009) e autor de Teorias da Comunicação na América Latina/ Enfoques, encontros e apropriações da obra de Verón (São Leopoldo/RS: UNISINOS, 2001), entre outras obras.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Que sinais a comunicação pode absorver do fenômeno WikiLeaks?

Alberto Efendy Maldonado – Os processos de comunicação fluem numa época de mudança profunda de estruturas, possibilidades e configurações. O WikiLeaks mostra ao campo das mídias tradicional, pré-digitalização, pré-internet que os modelos autoritários, concentradores, oligopólicos, controladores e manipuladores de informações e mensagens têm nos contextos atuais configurações, modelos, agires, culturas e realizações que rompem com as lógicas etnocêntricas e excludentes das transnacionais midiáticas comerciais e os governos que as apoiam.
A cultura colaborativa tem mostrado, nos últimos 16 anos, sua incomensurável força. Hoje ela é um aspecto central dos novos poderes comunicativos e sociais. O livro fluxo de mensagens sem censura que pensava Norbert Wiener [1] já na sua “Cibernética Social” da década dos 1950, hoje é uma realidade que vai adquirindo penetração e reconhecimento crescentes.

IHU On-Line – Como sai Obama, o homem da internet, depois das revelações que o WikiLeaks traz sobre a diplomacia estadunidense?

Alberto Efendy Maldonado – Informações que as universidades estadunidenses, ex-combatentes no Afeganistão e no Iraque, meios de comunicação alternativos e redes de solidariedade têm oferecido durante estes anos se confirmam e ampliam. As caretas de Obama e Hilary Clinton caíram nos documentos e ainda mais nas declarações que deram na sua “defesa”. Fica claro aquilo que os pensadores e pesquisadores críticos do mundo argumentaram desde o surgimento do “fenômeno” Obama, ele responde a um sistema (conjunto de sistemas, complexo militar industrial, etc.) que o escolheram por ser adequado à conjuntura. Para os migrantes nos EUA, os anos Obama têm sido muito mais repressivos do que a era Bush.

IHU On-Line – Podemos dizer que o WikiLeaks abre portas para uma nova revolução tecnológica?

Alberto Efendy Maldonado – A necessidade de se proteger dos ataques do Complexo Militar Industrial; de continuamente ter que reconfigurar, reconstruir, fragmentar, criptografar; e o caráter subversivo da ordem informativa transnacional e política mostra que a desestabilização dos logos neoliberais, neoconservadores e as propostas de novos fluxos e processos expressam formas renovadoras do agir informativo, o livre fluxo aberto atenta contra a continuidade da concentração dos poderes midiáticos em poucas famílias e empresas no mundo. As técnicas, engenharias e as comunicações se reconstituem quando processos desse tipo ganham força e penetração social.

IHU On-Line – O que há de mais comprometedor no WikiLeaks?

Alberto Efendy Maldonado – A possibilidade de quebrar a hegemonia informativa e a concretização de formas de democracia comunicativa. O agir colaborativo orientado para questionar os poderes autoritários contemporâneos. O questionamento do jornalismo subserviente e estandardizado. Saber que em todos os lugares do mundo têm pessoas, em especial jovens, que doam suas vidas pela verdade.

IHU On-Line – O que os ataques contra o WikiLeaks pelos governos demonstram sobre a relação da política e o ciberespaço?

Alberto Efendy Maldonado – A miséria espiritual das elites que controlam os sistemas políticos, informativos, militares e financeiros, em especial o degradado império estadunidense. No mundo digital, as condições de construção de hegemonias, constituição de poderes e vitalidade política são distintas, significativamente favorecem a democratização das comunicações.

IHU On-Line – O que as revelações do WikiLeaks podem significar para a América Latina?

Alberto Efendy Maldonado – Um elemento a favor para continuar trabalhando por uma postura unitária independente do poder imperial estadunidense. Esses documentos têm que ser disponibilizados para que as mentes sensíveis, éticas e comprometidas evitem ilusionismos com o modelo político estadunidense.

IHU On-Line – Podemos dizer que essa é a primeira guerra na web?

Alberto Efendy Maldonado – Não tivemos uma magnífica batalha quando a internet foi constituída contra a lógica das redes militares e empresariais de controle, vigilância e enriquecimento de poucos. A grande rede colaborativa abriu trilhas para os movimentos de software livre, estes e outros movimentos contribuíram para os Fóruns Sociais. A educação, a ciência, a comunicação intercultural, a existência humana contam com um recurso de extremo valor para as revoluções culturais necessárias.

IHU On-Line – O WikiLeaks cunhou mesmo um novo tipo de jornalismo?

Alberto Efendy Maldonado – Os "novos jornalismos" podem ter no WikiLeaks um referente de cultura Colaborativa/Tornar público que o bom jornalismo cultuou. Trabalhar com fontes múltiplas, proteger as fontes, contrastar, validar, oferecer com um bem simbólico público é um conjunto presente na história jornalística relevante. O que o WikiLeaks traz é uma renovação da valentia revolucionária das gerações que brindaram belas renovações para a humanidade.
Permite-nos refletir sobre a urgência da reconstituição dos formatos e modelos jornalísticos, a necessidade de diálogo com a as lógicas informacionais, superando o ilusionismo mercantil de culto aos suportes técnicos em detrimento da fortaleza tecnológica comunicacional.
Notas:
[1] Norbert Wiener foi um matemático estadunidense que ficou conhecido como o fundador da cibernética. Nasceu no ano de 1894 e morreu aos 69 anos, em Estocolmo. Durante muitos anos, ele trabalhou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde estudou a nova física probabilística e concentrou-se no estudo estatístico do movimento das partículas elementares em um líquido. Quando começou a Segunda Guerra Mundial, ele ofereceu seus serviços ao governo norte-americano e passou a trabalhar com problemas matemáticos referentes a uma arma apontada para um alvo móvel. O desenvolvimento dos sistemas de direção de uma mira automática, seus estudos de física probabilística e seu grande interesse por assuntos que iam desde a filosofia à neurologia apareceram juntos em 1948, quando ele publicou o livro intitulado Cibernética. Wiener morreu em 1964, antes que a revolução do microcomputador começasse. Mesmo assim, ele previu e escreveu sobre muitos dos problemas que iriam surgir nesta nova tecnologia.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

QUE INÍCIO DE ANO... 2011 VAI SER UM DAQUELES...!

PROTESTOS NO CENTRO DO CAIRO - EGITO

Olá Galera, estou retornando, com muita preguiça meus trabalhos em 2011...
Na semana que passou, parece que tive em uma academia todos os dias.... Calor excessivo, aulas, falação....
Para mim, começou oficialmente 2011...
Aliás já tinha começado desde 1º de Janeiro, afinal, os fatos estão aí, para merecer de nós uma fala...
Começa com a posse de nossa 1ª Presidenta - Presidente... que seja como for, pois independente das discussões entre Sarney - 30 anos nos bastidores do poder, e a vice-presidente do Senado, Marta Suplicy..
A posse, deu-nos a imagem de uma gerentona, aquela que gosta de trabalhar nos bastidores do poder... herdou os méritos e as falhas de seu patrono, e agora corre contra o tempo para nunca dizer que ..."nos governos anteriores..." "...herdei um país problemático..." nada disso será dito...
Mas ao que parece, tudo será como nos últimos 8 anos, e que se for para o bem daqueles mais excluídos, como fez com majestade o Lula, que continue, afinal "acabar com a miséria", é a sua bandeira....
Depois da posse, começaram as avalanches de enchentes por todo o país, aquí em minha "capital secreta", ela veio em dezembro, o pelo que dizem por aí,  foi a maior dos últimos 80 anos...
Mas, Teresópoles, Petrópoles, no Rio de Janeiro, e em  São Paulo, em suas constantes enchentes e tempestades - depois contarei uma dessas que passei no Estado de São Paulo, as áreas onde está o fenômeno da seca, como na Amazônia, no Sul do Brasil o frio excessivo no Hemisfério Norte...
O Clima nos pregou uma peça, e nos mostrou que... do jeito que os homens continuam...com suas ingerência na natureza... a tendência é piorar....
Então vamos aos fatos internacionais...
O Continente Africano está em "fogo", ou em estado de tensão que nem se imagina tanto...
Os países do Norte do continente estão passando por revoluções populares que já fizeram cair, ditadores - como a recente revolução no mundo árabe, que desabrochou com a vitória das massas da Tunísia, derrubando a ditadura de Ben Ali, segue, com furor, agora contra o ditador egípcio Hosni Mubarak, grande amigo do imperialismo americano, encastelado no poder há três décadas - ele caiu há dois dias.. não aguentou a força dos protestos do povo...
Se isso virasse moda no Brasil....
É, parece que se inaugura no mundo uma Nova Ordem, que ninguém ainda entende como será, mas que parece se estender para o mundo árabe por inteiro...
As consequências disso ninguém ainda saberá como será....
Com essas notícias acima postada, e as imagens que selecionei, voce, caro leitor fiel, aos meus posts, poderá ter uma noção de que, já estamos no segundo mês do ano de 2011...
Em breve, publicarei mais comentário inéditos, para acompanhar a evolução dos fatos que são realidade no mundo de hoje...
Abração...
Que Venha 2011 com suas REVOLUÇÕES POR MINUTO....